terça-feira, 21 de junho de 2016

Há tanta vida lá fora ...

Depois de tantos anos te achei Blog, te reli, revivi todas essas histórias com você e isso me fez rir, ter uma certa vergonha e entender tanta coisa que antes não entendia. Se pudesse voltar atrás teria permitido que poucos realmente conhecessem o meu mundo, mas não sei se seria a pessoa que me tornei hoje... Alguns anos atrás conheci alguém, não era o Ken, não era o Beto, era alguém cheio de defeitos e o que me despertou nele foi seu sentimento por mim (sim, mais uma vez). Só que dessa vez foi diferente porque ele me seduziu e quando percebi estava vivendo tudo o que sempre sonhei. Tive meu vestido branco, meu buque de tulipas, minha lua de mel, minha casa, as escovas de dentes se juntaram ... E um belo dia estava numa sala de parto e fui apresentada ao grande amor da minha vida, uma linda bebe com os meus olhos. Tudo foi justificado, aquele vazio da vida inteira sumiu. Como pude sentir falta durante tanto tempo de alguém que não conhecia? Minha história não acaba aqui, na verdade esse é apenas mais um capítulo. Ainda há tantos sonhos, tantas viagens, tanta gente para conhecer. Mas hoje eu tenho uma família, marido, filha, gata ... Estou tão completa que transbordo. E a todos que fizeram parte desses capítulos só consigo desejar o mesmo, queria poder encontrar um por um e rir de tudo que vivemos, pois nos permitimos viver todas essas histórias com erros e acertos. Sinto tanta saudade de algumas dessas pessoas mas sei la, o mundo não entende ex namorados, não há lugar para nós, então eles vão de alguma forma viver pra sempre aqui, na minha história.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Capítulo 13 - Apaixonada

De repente algo estranho acontece com a gente e alguém passa a morar em nossos pensamentos.
Tudo o que ele faz é lindo, tudo o que ele gosta é tão legal, por onde ele andou esse tempo todo? Que sorte tem as pessoas que estão ao lado dele.
A sensação do bilhete na mão e os passos em direção à aquela pessoa é algo mágico. São tantas emoções ao mesmo tempo, tantas sensações. Como é deliciosa a sensação de se apaixonar.
E numa noite dessas, tão cansada de ver rostos estranhos na balada e nada de diferente acontecendo em minha barriga ... algo aconteceu.
Em casa ao fechar a porta era 21:21, seria bom?
Até agora não sei dizer.
Bom, em meio a diversos rostos estranhos eu o vi. Devo ter ficado parada na pista alguns minutos olhando, a musica tocando e eu simplesmente parada.
A noite passou e eu o olhava o tempo todo, tentando disfarçar mas parecia algo tão difícil no momento, eu queria olhar!
No final da noite resolvi ir embora percebendo que o garoto jamais chegaria e quando estava na fila do caixa alguém me chamou. Quando olho para trás vejo apenas o número 3. Era ele ...
Então ele disse que o amigo se interessou pela minha prima e pediu o telefone dela. Aí aproveitou e perguntou se poderiamos conversar lá fora da balada já que já estavamos de saída e lá fomos.
Eu fiquei conversando com ele enquanto minha prima falava com seu amigo e só passava pela minha cabeça que ele estava ali comigo para dar tempo ao amigo com minha prima.
Pela minha cabeça passavam tantas coisas, eu me perguntava se ele não gostou de mim, se a minha roupa ou meu papo não era legal...
A noite acabaou, nos despedimos e fomos embora.
No dia seguinte havia uma mensagem no meu facebook dizendo que tinha gostado de me conhecer.
A partir daí começamos a conversar por msn, telefone e logo nos encontramos.
Uma noite na paulista ... tão gostosa ... uma noite linda e eu estava lá com ele, com o garoto que eu tanto olhei noites atrás.
Sentamos num banco no conjunto nacional e ficamos conversando. Um tempinho depois estavamos já mais próximos, ele fazia carinho nas minhas costas e quando vi nos beijamos. Não sei dizer ao certo se foi ele ou eu mas certamente se ele não tivesse feito eu teria roubado.
A partir desse dia começamos a nos falar com mais frequência, principalmente por msn.
Os encontros foram acontecendo, não com a frequência que eu desejava, mas sempre que podia eu estava lá, ao lado dele.
O tempo passou e pouca coisa aconteceu. Era um garoto tranquilo, não fazia nada alem de simplesmente me encontrar. Não haviam palavras rômanticas, nem nenhum tipo de gesto. Não haviam declarações e nem brilho nos olhos. Apenas a minha barriga sentia as borboletas da paixão.
Ele chegou a me dizer que gostava de mim mas não era apaixonado. Ele não queria me ver com tanta frequência porque curtia a solidão. Não me dava nenhum tipo de presentinho, flôr ou qualquer coisinha pois dizia ser assim. Fugia de perguntas, algumas até fingia não ouvir, ele dizia que nem tudo que eu perguntasse seria respondido.
Eu ia até ele praticamente todas às vezes para simplesmente dormir ao seu lado. Ele dormia cedo, não gostava de ficar conversando. E eu ficava do lado dele morrendo de vontade de entrar no seu mundo, de conversar, de beijar ou de ficar quietos, apenas nos olhando. Mas eu o queria no meu mundo também, eu queria ele "ali" e ele jamais saia do seu próprio mundo. Ele sequer deixa eu entrar no dele.
Ele me fazia pensar no quanto eu gosto de aproveitar cada minuto da minha vida. Como gosto de deitar na grama e olhar pro céu, de tomar chuva, de dar risada de besteiras, de perder noites de sono conversando, de sonhar com um futuro ao lado de alguém.
Como alguém que vive assim como eu consegue ter ao lado alguém que assiste a vida passar?
Existe uma força tão grande ao meu lado, uma energia que me puxa pra cima sempre, que não me deixa escorregar e ela me trouxe algo bom, eu sabia que não poderia mais estar ali ao lado dele. Porque? Não importa apenas estar ao lado, precisa fazer parte, precisa viver aquilo, precisa que os dois queiram muito que dê certo. Precisa de flexibilidade, de confiança, respeito pelos sentimentos dos outros.
Um trecho do pequeno príncipe diz assim:
"Se tu vens às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz.... "
Era isso o que eu sentia ao lado dele. Como vivi aquilo, aparentemente vivi sozinha tudo aquilo.
Esta é a primeira história que conto antes do capítulo acabar.
Algo aconteceu, algo mudou.
Talvez o orgulho tenha perdido pra razão, talvez até ele tenha perdido pro coração. Mas algo realmente mudou.
Não existe uma receita para ser feliz. Fulano diz que com ciclano foi assim e não deu certo, mas beltrano na conhece alguém que começou assim e estão juntos há 30 anos.
O nosso coração nos prega peças, tudo muda o tempo todo.
Mas o amor precisa ser regado, essa é uma certeza que eu tenho.
É o sentimento mais egoísta que existe. Ele precisa sempre de algo ...
Agora vai aqui meu protesto às mulheres de hoje em dia que se submetem a relações como essa e aceitam. Amem-se, vivam cada momento e cobrem o que nós merecemos.
Com tudo o que a mulher conquistou algumas coisas do passado foram perdidas.
Flores, cartas, bombons, qualquer lembrancinha transforma tudo em mágica ... e pode ter certeza que em troca vocês homens serão muito recompensados porque é nosso instinto saber cuidar, saber amar, fazer planos, sonhar e levar vocês pra frente em todos os sentidos.
Chega de medo, vamos agir! :)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Capitulo 12 - Pegar sem se apegar ...

Apenas um capítulo ...
Parece triste ser apenas um capítulo na vida de alguém, mas hoje em dia parece ser exatamente o que as pessoas querem. Ir até o final do livro de alguém parece assustador para o nossa geração.
Trabalhando com idosos em fase terminal pude perceber o que nos resta nesse momento, geralmente é o companheiro.
Vi desde senhores que faziam de tudo por suas esposas acamadas à outros que preferiam manter a companheira da vida na edicula, lá no fundinho da casa, onde talvez pudesse esquecer sua presença.
A vida é assim, tão surpreendente, tão interessante. Passamos a vida ao lado de um estranho? Ou talvez a gente saiba exatamente quem é a pessoa com o tempo, mas o convivio é tão mais cômodo.
Depois de todos esses capítulos tive tanto medo, pensei tanto em meus erros, em minha transparência, eu meu jeito de se entregar de braços abertos quando gosto e claro, diversas vezes passou pela minha cabeça tentar mudar. Como dizem hoje em dia "pegar sem se apegar".
Mas olha isso, essa é a pessoa que escreve essa história? Não mesmo.
E logo uma história nova surgiu ... logo os meus braços se abriram para aquele rapaz com a camisa de número 3.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Capítulo 11 - O enigma do 21:21

O enigma do 21:21

Há um tempo atrás, não muito distante, ainda namorava o primo, comecei a notar que sempre que olhava o relógio era 21:21.
Comecei a achar estranho, comentei com algumas pessoas mas essa hora continuava me perseguindo.
Estava na rua, alguém me perguntava a hora e então ... 21:21.
Estava em casa, esperando um filme começar e quando olhava a hora ... 21:21.
Um dia estava numa avenida a pelo menos 80km/h e quase bati o carro num caminhão quebrado sem nenhuma sinalização dentro de um túnel, olhei no painel do carro e que hora era?
O belo dia em que o primo terminou comigo, assim que ele saiu do meu quarto fui ver a hora ... aham, 21:21.
Comecei a encarar isso como algo ruim.
Depois de alguns dias solteira reencontrei uma amiga da época da faculdade.
Comecei a contar para ela a historia do 21:21. No final ela me disse que ela nasceu 21:21!
Começamos a rir juntas e pensei que até poderia ser o sinal de algo bom, o fim do namoro foi bom, a “quase batida” me fez ficar mais atenta, minha nova amiga de baladas tinha a ver com o fato também e meu aniversário é 21/12, se trocar 21 e 21!
Não acredito muito nessas coisas mas esse horário mexeu comigo, só eu sabia com aquilo me perseguia e me fazia rir sozinha sempre que me deparava com o fato.
Bom, sábado passado aconteceu algo diferente.
Me arrumei para sair para um dos lugares que mais gosto, o famoso “Stones” e antes de sair fui ver a hora. Sim, 21:21. Fiquei me perguntando o que poderia representar isso naquela noite. Seria um fiasco ou algo muito bom.
Bom, a noite me resultou algo muito bom, muito, muito bom.
Esse será um novo capítulo ... aguardem! 

sábado, 20 de novembro de 2010

Capitulo 10 – O fim, ou melhor, o começo

Talvez tudo o que eu tenha tentado fazer esse tempo todo foi substituir a ausência do meu pai colocando sempre um homem em minha vida, é uma boa teoria.
Talvez eu tenha aprendido a sonhar com a minha Barbie e tenha criado na minha cabeça que isso é o certo.
Ou talvez eu seja apenas uma pessoa solitária, que sente a necessidade de ter alguém por perto. E quem fica mais perto do que um namorado?
De todos esses romances o que me restou foi o aprendizado, ah, não posso esquecer é claro do Techno. Ele continuou meu amigo.
Mas depois de muita reflexão eu desisti de tentar entender o porquê de tudo isso que vivi. Eu sei que vivi cada historia, que sonhei com cada um, da minha forma.
Eu chorei quando foi necessário, gritei e amei. Eu tive a oportunidade de fazer parte de um pedaço da vida de cada um e rezo por todos com freqüência.
Amanhã eu não sei como será, mas eu ainda sonho.
Eu sonho com um passe de metro na mão e os joelhos bambos, andando em direção a alguém que não consigo ver o rosto, mas ele esta parado, me esperando do outro lado da catraca.
Ele vai ter seus diversos defeitos, mas eu vou superá-los, eu só preciso que ele esteja “ali”, o resto a gente resolveu.
Ah, e o que farei por enquanto? Baladas, é claro 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Capitulo 9 – O Primo

Me dói falar dessa historia pois é ela que vivo hoje, ou melhor, é o fim dela que vivo hoje.
Mas vamos lá, hei de superar!
O primo tinha 27 anos, eu estava com 26. Ele morava há uns 20 minutos da minha casa, era baladeiro, alto, branquinho, cabelos e olhos castanhos e um rostinho bonito mas muito magro para o meu gosto.
Acontece que apenas conversávamos e eu ate percebia algumas indiretas, mas pera lá, era meu primo!
Um dia resolvemos sair e ele veio ate minha casa (ufa, chega de metro). Estacionou o carro e eu entrei, ali ficamos por algumas horas conversando e um beijo surgiu.
Bom, eu não fiquei animada, primeiro ele era meu primo, segundo ele não me atraia fisicamente.
Só que por ironia do destino o primo ligava, queria me ver com freqüência e eu achava isso bonitinho, eu correspondia só Deus sabe o porque.
Nos víamos sempre, íamos em barzinhos, conversávamos pouco, ele era de poucas palavras, mas me despertava algo diferente.
Eu sabia que dessa historia nada sairia, ele dizia que não era de namorar, não queria casar, não queria nada serio, acho que ele queria estar ali comigo apenas e eu estava bem ali, com ele.
Mas é obvio que eu sabia que ele não estava exatamente “ali”.
Meses se passarem e a historia virou namoro, a gente tinha um ao outro e nos dávamos bem.
Viajavamos juntos. Comprei uma barraca. Ele era escoteiro.
O que me atraia nele era sua esperteza, ele sabia fazer de tudo, só passava longe de livros e de estudo, coisa que me preocupava. Mas eu não queria mais nada alem do que tínhamos mesmo.
Só que o nosso coração é um lugarzinho tão misterioso e surpreendente que eu me apaixonei. Eu queria ele do jeito que era. Agora eu o achava lindo. Era um sorriso ainda mais lindo do que os do passado. Era um carinho absurdamente gostoso. Mas o “ali” era um lugar vazio. Ele era distante.
Tivemos tantos momentos bons, tantas historias, tantas viagens, mas poucas palavras. Mesmo com essas poucas nós construímos algo em nossas mentes, a certeza de que queríamos coisas diferentes para o nosso futuro. No meu futuro eu o queria, no dele não havia espaço para ninguém.
E era tão difícil entende-lo, porque ele não poderia me querer também? E assim seria perfeito porque eu estava madura, pronta para aquilo! Mas ele estava pronto apenas para si próprio.
Mas insistência era o meu segundo nome e eu fui ate o fim. Ate o fim do namoro.
Um belo, ou melhor, um triste sábado ele veio ate minha casa e disse que era melhor terminarmos porque ele sabia que mais pra frente eu sofreria ainda mais. Disse que gostava muito de mim e fazia isso mais por mim do que por ele mesmo. Nada mudaria. Eu havia fracassado.
Essa sensação de fracasso me atormentou por dias. Eu não sabia dizer se o que eu sentia era amor ou se era apenas saudade daquele que me acompanhou por 9 meses. Mas eu sabia que o queria. A razão dizia que não, e assim estava tudo em seu lugar.
Mas em que lugar ficaria o meu coração despedaçado?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Capitulo 8: Maturidade

Algo diferente aconteceu nessa época. Eu saia, viajava, me curtia. É claro que era ainda a mesma menina sentindo falta de um companheiro, mas todas as minhas relações me deixaram tão frustrada.
O gremlin já estava em são Paulo novamente, nos vimos, ficamos, mas o sentimento não voltou. Se perdera em algum canto da Itália.
Eu entrei na academia, comecei a trabalhar como uma louca e comprei o meu primeiro carro.
Liberdade, essa era a palavra. Fui para a praia dirigindo, passeava pela cidade, pegava minhas amigas em suas casas e íamos pra balada, todas apertadinhas no meu pequeno Clio. Eu amava dirigi-lo, ele era o meu mais novo namorado.
A vida teve um novo sentido, eu me dedicava a profissão que escolhera e amava o que fazia. Passei por diversas situações difíceis em meu trabalho e consegui sempre resolver tudo da melhor forma. Me sentia bem sucedida, não pensando no salário, mas em fazer aquilo que eu realmente gostava.
Estava tudo tão bom até que um dia entrei num dos sites de relacionamentos que tenho e vi um recado de um menino dizendo “oi prima”.
Eu nunca havia visto aquele rosto na minha vida. Respondi perguntando quem era e ele disse ser um primo distante. Na verdade nossos pais eram primos.
Depois desse dia começamos a conversar por MSN daí nasceu uma amizade.